Zona Azul e debate sobre calazar dominam sessão da Câmara

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#várzeaalegre 15 DE FEVEREIRO DE 2017
Dois assuntos dominaram a pauta da reunião da Câmara de Vereadores de Várzea Alegre, nesta quarta-feira, dia 15: Zona Azul e Calazar.
O vereador Ribamar da Topique (PRB), disse que tinha muitas interrogações sobre o requerimento apresentado na Casa que trata da implantação da Zona Azul na cidade. Para o parlamentar não estão claros os objetivos da proposta e que em tempo de crise financeira como a que vivemos, despesas devem ser evitadas.
O vereador Dedé da Topique (PT do B), autor do requerimento que trata da Zona Azul na cidade, disse que seu propósito com esse requerimento é melhorar o trânsito no centro e não prejudicar. Ele disse que falou com várias pessoas e que todos aprovam sua proposta. O vereador também explicou que a cobrança da taxa será pequena. Dedé da Topique lembrou das resistências quando foram implantados em Várzea Alegre o Demutran e os semáforos, medidas que hoje são aprovadas pela população.
Ribamar da Topique deu como alternativa à proposta a ideia de implantação de um estacionamento rotativo.
Houve ainda questionamento feito pelo vereador Marcelo Fladson (SD) sobre as condições da população de pagar uma taxa de R$ 2,00 com a Zona Azul, especialmente pessoas carentes. “Agora não é o momento de gerar mais despesa para o povo mais carente de Várzea Alegre, mas é o momento do Demutran sinalizar as ruas, as faixas de sinalização que estão apagadas”, argumentou.
Para o vereador do PT, Antônio Alcântara, a implantação da Zona Azul não vai afetar diretamente quem não tem carro, como é seu caso. Já para Marcelo Fladson 90% das pessoas têm carro e moto e muitos são carentes.
Dedé da Topique voltou a sustentar que a Zona Azul funcionará em apenas duas ruas - Deputado Luiz Otacílio Correia e Antônio Afonso. Ele também disse que quem possui carro, não é carente.
O vereador do PT, Michael Martins, pontuou que é melhor equipar e oferecer condições de trabalho aos agentes do Demutran. Ele disse que o Demutran funciona com deficiência na cidade. E questionou: “Será que o município tem como manter Zona Azul”. Ele apoiou a ideia de um estacionamento rotativo de veículos.
Dedé da Topique disse que um estacionamento rotativo não resolve o problema. “Estacionamento rotativo fica do mesmo jeito”, disse.
Ainda no andamento da sessão, o vereador Dedé da Topique declarou que essa é uma proposta e que se tiver outra melhor para o trânsito no centro da cidade, terá seu apoio.
Calazar
A vereadora Dra. Luciana (PV) abordou o problema do Calazar em Várzea Alegre, doença que afetou uma criança do bairro Riachinho e onde está havendo um trabalho de combate pelos órgãos municipais e estadual de saúde.
Ela declarou que viu numa rede social alguns comentários ligando o caso à responsabilidade da atual gestão. Segundo a Dra. Luciana, o calazar é uma doença transmitida pelo mosquito palha e que o parasita fica incubado em período de 2 a 4 meses, podendo chegar de 10 meses a 24 meses. “ A criança infectada não foi nesta gestão, como alguns acusam”, disse.
Ela falou que o doente do calazar apresenta febre, perda de peso e fraqueza, e que num estágio mais avançado, atinge o baço e o fígado do doente podendo leva-lo à morte. Ela alertou que a doença pode ser tratada e que isso sendo feito em tempo hábil e de forma adequada, há chance de cura.
A Dra. Luciana explicou que às vezes não são tomados os cuidados devidos com os cães doentes o que aumenta o problema do calazar.
O vereador Michael Martins disse que não tinha conhecimento dos comentários nas redes sociais que ligavam esse caso de calazar à atual administração.
Durante seu pronunciamento, o vereador Michael, disse que participou, no domingo, 12, de uma caminhada no bairro Riachinho de conscientização da população sobre a problemática do calazar. Ele disse que esteve na Secretaria de Saúde, com a vereadora Dedê, quando receberam informações sobre todo o trabalho que está sendo feito e que o desafio é tirar animais em situação de abandono das ruas.
Marcelo Fladson apontou que ficou envergonhado com o assunto do calazar sendo tratado como de responsabilidade de gestores e que não cabia a discussão dessa forma, mas a apresentação de solução ao problema.
A Dra. Luciana citou o caso da morte de uma criança com calazar em 2014 e que seu marido, Dr. Fabrício Rolim, hoje, vice-prefeito da cidade, mas ainda como vereador, havia denunciado os problemas da saúde, mas a defesa que foi feita foi do secretário de saúde e hoje as pessoas sabem que ele estava certo. Para ela o prefeito não levou a sério a denúncia e saiu em defesa de coordenadora de saúde da regional do Crato, Maria de Lurdes.
Professora Dedê, falando sobre o caso que resultou no óbito de uma criança, questionou: “onde estava a equipe médica? E emendou: “Vamos fazer o trabalho. Acabar com esse partidarismo idiota que existe aqui”. No caso em volvendo a denúncia contra a coordenadora da regional de saúde, Maria de Lurdes, disse que se tratava de “briguinha”, não sendo esse papel de autoridade pública. “ É preciso esquecer as diferenças, se desarmar é pensar no povo”, disse.
Dedé da Topique lembrou que na época do falecimento da criança, houve protestos na cidade e uma das pessoas que estavam neste protesto, era o ex-prefeito João Eufrásio. “Não estavam preocupados em resolver o problema”, disse.

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