A Câmara de Vereadores de Várzea Alegre sediou, nesta manhã de quarta-feira, 11 de outubro, evento promovido pelo Governo Municipal, que celebra o Dia Municipal do Evangélico e faz parte da programação que comemora o aniversário de 153 anos de emancipação política deste município.
Na ocasião, ocorreu a outorga da Medalha Juca de Freitas a 7 personalidades do meio evangélico pela contribuição à evangelização do povo varzealegrense.
Foram homenageados:
01 - EDMAR DA CUNHA DE MENEZES
02 - ELISVAR GOMES (Representado pelo Pastor César Roberto Mendes Lima - Presidente da Comadesma em Várzea Alegre)
03 - FRANCISCO SOARES DA SILVA
04 - LUÍSA DANTAS DE SOUSA (Representada pelo pastor Manoel Dantas)
05 - MARIA ALVES BEZERRA
06 - RAIMUNDO PEREIRA DE SOUSA (Raimundo Belo)
07 - ZENEIDE FERREIRA LIMA
Dia do Evangélico
O Dia Municipal do Evangélico, comemorado em 11 de outubro, foi instituído pela Lei Municipal nº 822/2013, promulgada em 10 de dezembro de 2013.
Para o presidente da Câmara de Vereadores, Alan Salviano, celebrar a data que presta homenagens aos evangélicos varzealegrenses é reconhecer a importância de todos eles na divulgação da palavra de Deus.
O prefeito de Várzea Alegre, Zé Helder (MDB), participou do evento e parabenizou os evangélicos, enaltecendo a importância do trabalho de evangelização na cidade.
Juca de Freitas
João Luiz Nogueira, mais conhecido como Juca de Freitas, nasceu no dia 18 de dezembro de 1887 na cidade de Milagres, localizada na região do Cariri, Estado do Ceará. Era filho de Joaquim José de Oliveira Freitas, seu pai e Francisca de São José, sua mãe. A sua conexão com a cidade de Várzea Alegre deu-se com seus avós que realizaram matrimônio no local, porém, por seu avô ser professor público e ter sido transferido para a cidade de Milagres a vida de Juca de Freitas iniciou-se ali e a sua história registra constantes mudanças de moradia juntamente com seus pais e avós, tendo migrado por diversas regiões do Ceará durante a sua vida, retornando para a sua querida Várzea Alegre, apenas em 1895.
Apesar da sua característica de homem simples, possuía uma inteligência admirável e aprimorou a sua leitura e didática através das páginas da Bíblia Sagrada.
Juca de Freitas casou-se com Maria Nogueira de Freitas e tiveram 14 filhos, tendo um deles falecido na infância e os demais são os seguintes: Antônio Nogueira de Freitas, Moisés, Timóteo, Elias, José e Levi Nogueira de Morais, Francisca, Joana, Miriam, Tamar, Euvira, Odeva e Eliua, todos com o sobrenome Nogueira de Freitas.
Seu Juca de Freitas, era originalmente um fiel católico, somente vindo a converter-se ao protestantismo em 1922, onde trabalhou bastante para implantar igrejas e congregações em diversas cidades como Várzea Alegre, Parambú, Tauá e outras.
Foi um homem bastante destemido que pregou o evangelho genuíno independente das cruéis perseguições que apareceram diante dele quando religiões opostas, predominantes de sua época, apresentavam resistência, o submetendo, por vezes, a injustas e cruéis pedradas que deixaram marcas em seu corpo por toda a vida.
Em 1952 fundou a primeira congregação presbiteriana em Várzea Alegre, de onde se originou as duas igrejas presbiterianas existentes nessa cidade em pleno funcionamento, como também, várias congregações nas regiões de
Várzea Alegre e Carius, por exemplo: Xique-Xique, Boa Sorte, Baixio Verde, Bacupari, e tantos outros pontos de pregação. Teve sua vida pós-conversão totalmente dedicada à fé e a prática dos ensinamentos deixados pelo nosso Senhor Jesus Cristo até o seu falecimento em 20 de dezembro de 1982.
Parte de sua história foi registrada em um livro intitulado: "O Diário De Juca de Freitas", escrito pelo biólogo Dr. Eduardo de Freitas Gonçalves, seu bisneto e auxiliado pelo reverendo José Lucas Guimarães, este livro tem como fechamento uma poesia do seu neto Levi Nogueira de Freitas que nas suas duas últimas estrofes diz assim:
Foi levando a palavra de Jesus
Sem temer sofrer perseguição
Insultos, pedradas, ingratidão
Consequências de quem anda nessa luz
Nosso Cristo sofreu na dura cruz
Se fez homem sendo filho de José
E pregou para homem e mulher
Resgatando quem por ele é selado
E o caso do homem mencionado
Juca de Freitas nasceu para ter fé
E assim, sua vida ele cumpriu
Até o dia por Jesus determinado
O evangelho por ele semeado
No Brasil muito se expandiu
Teve muita gente que ouviu
Em Várzea Alegre ele deu o pontapé
Salvação não é coisa pra quem quer
Cristão precisa ser predestinado
João Luiz Nogueira foi chamado
Juca de Freitas nasceu para ter fé.
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