Coordenadora da Casa da Mulher Cearense debate combate à violência de gênero na Tribuna Livre da Câmara de Várzea Alegre

Por R. Teles 24/09/2025 #Notícia
img

Foto:

A Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Várzea Alegre recebeu, nesta quarta-feira (24/09), a Professora Mara Guedes, coordenadora da Casa da Mulher Cearense no Cariri, para uma exposição sobre a violência doméstica e de gênero, com ênfase na participação feminina na política. A visita foi motivada por ofício enviado pela instituição solicitando espaço na sessão ordinária para tratar do tema.

Acompanhada por Mirna Oliveira, também da Casa da Mulher Cearense, e Francisca Alves, representante do Conselho da Mulher do Crato, Mara Guedes destacou o papel do equipamento regional, instalado em Juazeiro do Norte desde 2022, como referência no acolhimento e assistência a mulheres vítimas de violência. Segundo ela, mais de 10 mil mulheres já foram atendidas, totalizando cerca de 60 mil atendimentos em diversas frentes de apoio.

Durante sua fala, Mara apresentou dados alarmantes do Anuário da Violência contra a Mulher, como os 1.492 casos de feminicídio registrados no Brasil em 2025 até o momento, com um aumento de 7% em relação ao ano anterior. No Cariri, 13 mulheres já foram vítimas de feminicídio apenas neste ano. A coordenadora também alertou para a subnotificação de estupros e o alto índice de violência contra mulheres negras e jovens, evidenciando os recortes de raça, classe e idade.

Ao abordar a violência de gênero na política, Mara compartilhou sua trajetória como militante e ex-vereadora do Crato, ressaltando os desafios enfrentados por mulheres em espaços de poder. "Ser mulher na política, ainda é um ato de resistência e coragem", afirmou, ao criticar a baixa representatividade feminina e os casos de violência simbólica e institucional contra lideranças mulheres.

A presidente da Câmara, vereadora Menésia Simião (PT), agradeceu a presença da convidada e destacou a relevância da pauta: "A violência contra as mulheres é um tema muito abrangente. Só a Lei Maria da Penha já tipifica cinco formas de violência, mas existem outras tantas, como a violência política, midiática e a do abandono, que precisam ser discutidas", declarou.

Foto: Fábio Oliveira

Galeria

Deixe o seu comentário

Qual o seu nível de satisfação com essa página?

ATRICON