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O uso das águas do Açude Ubaldinho, localizado em território de Várzea Alegre, foi pauta de debate na 10ª sessão ordinária do 2º período legislativo, realizada nesta quarta-feira, 8 de outubro, no Plenário Vereador José Caetano. A discussão foi iniciada pelo vereador Marcelo Fledson (PSB), que manifestou preocupação com a forma de liberação de água do reservatório para abastecimento da cidade vizinha de Cedro, em um momento crítico de escassez hídrica.
Apesar de o açude estar situado majoritariamente em terras varzealegrenses, a gestão e destinação das águas têm sido realizadas sem a devida participação efetiva do município, segundo o parlamentar. Marcelo destacou que comunidades como Novo Jordão, Pacheco e Barro Vermelho vêm sendo prejudicadas, com moradores precisando cavar cacimbas e bebedouros improvisados, uma vez que a água tem recuado consideravelmente em direção ao leito do Riacho São Miguel.
A vereadora Ciete do Sindicato (PT) informou que o município possui representação na Comissão Gestora do Açude Ubaldinho e no Comitê de Bacias Hidrográficas, e defendeu que a Câmara solicite oficialmente a convocação de reunião extraordinária da comissão, com a presença da Cogerh, das associações locais e da gestão municipal, a fim de discutir a destinação das águas e seus impactos sobre as comunidades de Várzea Alegre.
O vereador Michael Martins (PSB), membro titular do Comitê de Bacias, destacou que a comissão gestora local tem autonomia nas decisões sobre a gestão dos reservatórios e que o município precisa participar ativamente das discussões. Ele reforçou a importância do diálogo direto com a comissão, como etapa preliminar à formalização de demandas no âmbito estadual.
A presidente da Câmara, vereadora Menésia Simião (PT), propôs o envio de ofício à Cogerh solicitando informações sobre a atual composição da comissão gestora e a convocação de reunião para tratar do tema. A proposta foi acolhida pelos vereadores, que se comprometeram a acompanhar o tema com prioridade.
As reuniões da comissão gestora não ocorrem de forma mensal, mas podem ser provocadas mediante solicitação de entidades ou representantes locais. A Câmara buscará integrar esse processo, reforçando seu papel na defesa dos interesses das comunidades afetadas pela atual gestão das águas do Açude Ubaldinho.
Foto: Fábio Oliveira
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